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Foto: Pedro Piegas (Diário, 6/03/2021)/
Depois de mais um dia de várias reuniões, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) afirmou ontem que Santa Maria vai adotar todas as regras do governo do Estado a partir da semana que vem, se o governador Eduardo Leite (PSDB) permitir a volta da cogestão. Isso significa que, a partir de segunda, existe a possibilidade da retomada do atendimento presencial para empresas de atividades não essenciais, como lojas, bares e restaurantes. Porém, o Estado ainda não deu 100% de certeza da volta da cogestão, em que permite regras mais brandas do que as da bandeira preta, e informou que isso só será definido em reunião com os prefeitos gaúchos amanhã.
- As regras que forem determinadas pelo governador, nós vamos seguir. Agora, o que vai acontecer com cada um dos setores, vamos dialogar. No sábado, teremos reunião com as principais entidades de Santa Maria para debater. Uma hipótese: se o comércio só puder abrir em um turno, vamos conversar com os empresários e ver se é melhor abrir de manhã ou de tarde, por exemplo. Vamos fazer um diálogo com cada setor que envolver a provável cogestão. É óbvio que nós queremos e precisamos do comércio aberto. É um problema da saúde econômica que estamos vivendo. Mas não vamos deixar de olhar os critérios e buscar consenso com todas as entidades - afirmou o prefeito.
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Pozzobom diz estar muito preocupado, pois a cidade vive o pior momento da pandemia. Por isso, mesmo que alguma regra seja permitida pelo Estado, haverá a análise técnica local, com a possibilidade de ter regramento mais rigoroso. Porém, o prefeito ressaltou que não acredita que o problema esteja na abertura do comércio em si, mas teme que o aumento da circulação de pessoas faça crescer a contaminação. Por isso, diz que levará em conta as regras dos técnicos, baseados em questões científicas.
- Sempre manifestei publicamente que o comércio não é vetor de aumentar a contaminação. O problema é a circulação. O comércio pode estar aberto, mas as pessoas estarem na rua sem irem no comércio. Tem lojista que diz que fica aberto e que entram 10 pessoas num dia, mas as ruas estão cheias. E temos de analisar que o dono da empresa pode ir de carro, mas seu funcionário que mora na Urlândia ou na Santa Marta vai precisar do ônibus para ir trabalhar. Eu pergunto aos empresários: e vocês falaram com os trabalhadores de vocês? - questiona Pozzobom.
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Questionado se não pode haver mais campanhas e maior fiscalização quanto ao não uso de máscara, em especial na periferia, onde levantamento do Diário apontou que até 70% da população sai às ruas sem o aparato de proteção, Pozzobom diz que aumentará a fiscalização. Mas admite que é difícil convencer a população a se proteger.
- Outro dia, pedi para uma guria colocar a máscara, que me mandou tomar naquele lugar. Mas o que percebo: o não uso da máscara era muito maior antes. Agora, começou a morrer o amigo, o vizinho, e estão apertando o sapato. Nosso maior problema é a periferia. Vai ter fiscalização rígida. É o pior momento da pandemia, nunca tivemos situação tão grave. Só ontem (terça), 12 pessoas morreram - declarou.